Crítica: “Jorge da Capadócia”

Nenhuma história de algum santo iria causar mais curiosidade, como a história de São Jorge. Talvez um dos mais populares santos que temos em nosso país.

A saga de um herói foi tema do bonito filme “Jorge da Capadócia”, sendo este herói, o Santo Guerreiro em seu cavalo branco. De soldado a capitão, a serviço do Império Romano, Jorge (Alexandre Machafer) se vê forçado a reprimir e eliminar comunidades de cristãs, a mando do Imperador Diocleciano (Roberto Bomtempo), crente de todo o panteão romano.

Os conflitos internos de Jorge são imensos. Sua ascensão profissional na carreira militar, onde se destacava na qualidade de guerreiro, chocando-se com sua fé e religiosidade; a perda de seus entes queridos: pai, esposa, filho e por último sua mãe. Em um oscilar de descrença no desespero da solidão, trava uma luta interna, uma batalha das mais difíceis, até entender os desígnios de Deus para sua vida.

Após a morte de sua mãe, que era disposta a enfrentar tudo e todos em nome de sua fé cristã, Jorge sente que não há mais o que esconder, e enfrenta o próprio Imperador Diocleciano em nome de sua fé, exigindo-lhe respeito.

A partir daí, passa a sofrer com a prisão e as torturas impostas pelo Imperador. Pequenos milagres começam a transparecer, na resistência de Jorge, e no crescente de sua fé. Os milagres foram se tornando cada vez maiores, o povo seguindo e venerando os passos do santo prisioneiro. São Jorge foi guerreiro também no resistir, e na sua fé inabalável.

São Jorge derrota o dragão, como todos nós sempre soubemos. A simbologia desta importante passagem para seus devotos foi brilhantemente apresentada no longa. Matar o dragão, é simplesmente muito mais que apenas “matar um dragão”.

A obra dirigida, produzida e protagonizada por Alexandre Machafer, nos traz as nuances das diversas lutas de Jorge. Dor, sofrimento e fé marcam a sua história. Batalhas internas e externas para um bem maior, unir e respeitar as pessoas em sua fé.

“Jorge da Capadócia” é dinâmico e bastante atrativo, bem cuidado nas escolhas, como roteiro, elenco, cenários, onde tudo é suficiente. Um filme pertinente, que aquece, e faz renascer a fé nos corações.

por Carlos Marroco – especial para EOL

*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Paris Filmes.

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